quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

As dimensões da abstração

Na teoria da linguagem visual, conforme Donis A. Dondis, em seu livro “Sintaxe da Linguagem Visual”, a abstração é um dos três níveis das mensagens visuais, composto, também, pelo representacional e o simbólico.

Conforme o autor citado, a abstração se caracteriza pelo “processo de destilação, ou seja, de redução dos fatores visuais múltiplos aos traços mais essenciais e característicos daquilo que está sendo representado” (DONDIS, 2003. p.90), e continua “quanto mais representacional for a informação visual, mais específica será sua referência; quanto mais abstrata, mais geral e abrangente. Em termos visuais, a abstração é uma simplificação que busca um significado mais intenso e condensado” (DONDIS, 2003. p.95). Interagindo os níveis – representacional, abstrato e simbólico -, a abstração é uma manifestação visual mais profunda do que a representacional e a simbólica e está presente em toda obra de forma complexa ou elementar, uma vez que toda composição visual é abstrata.

Na prática artística, a abstração está associada à dinâmica da pintura e da escultura como uma expressão pictórica, que caracteriza o século XX. Nessa caracterização, os artistas libertam a reprodução dos objetos do mundo da realidade concreta. Formas e cores definem a estrutura de uma obra, independente da semelhança com o mundo. A abstração pode, portanto, ser percebida de duas formas: a geométrica e a informal. A primeira associada às formas elementares, destacando o quadrado, o círculo e o triângulo; a segunda, ligada às formas informais que são as manchas e outras formas imprevisíveis e imprecisas.

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